5 comments on “Cativos portugueses em Marrocos

  1. Alguém se esqueceu de referir que enquanto os maometanos ocuparam parte significativa do sul da Europa (e a totalidade da Península Ibérica) levaram para a África do Norte e Médio Oriente cerca de 3 milhões de escravos europeus. Talvez parte dos escravos feitos no norte de África não fosse mais que resgate de escravos às mãos dos mouros… Mas, parece que só se fala da escravatura feita por europeus, quando em grande parte dos países muçulmanos, a escravatura ainda hoje é uma realidade, se não mesmo uma atividade legal.

  2. Descobrindo por este site, dou-me conta do realismo que a História pouco divulga. Não me interrogo se o pouco que vi (vi pouquíssimo) é verdade, real… Algo em mim gritou que sim, nem me interrogo, e sei que ainda não vi nada. Sou um “jovem” de 70 e muitos… lendo senti-me envelhecer. Vou continuar, mais logo, amanhã, depois… enquanto respirar. Quero ler tudo! Colher reforços para mais abrir os olhos, numa altura da vida em que poderia fechá-los. Dizem que vale mais tarde que nunca. Talvez. A si, desconhecido/a, que lendo viu, e escrevendo divulga, deixo aqui o meu agradecimento. Hoje senti-me outro. Parabéns. Muito obrigado!

    • Um comentário que não tenho o prazer de receber todos os dias. Muito obrigado.
      O blog não é anónimo, tem um autor, e só um, que assina todos os artigos.
      Quanto à “verdade”, a história está cheia de manipulações, de textos subjectivos e é frequentemente utilizada para dar uma só visão dos factos, servindo determinados interesses.
      Como diz e muito bem, “que lendo viu, e escrevendo divulga”, a busca da tal “verdade” resulta da consulta de todas as fontes possíveis, de ambos os lados dos acontecimentos, sobretudo das crónicas, e da tentativa de as descodificar de modo a transmitir factos pouco divulgados de forma acessível ao cidadão comum.
      A História é um Mundo sem fim e fascinante.

    • O período inicial da escravatura portuguesa foi em Marrocos com milhares de pessoas escravizadas nos campos marroquinos pelos portugueses e vendidas em Portugal como escravos. Nessa altura não se utilizava sequer a palavra “escravo”, mas “mouro”. Nas primeiras viagens saídas de Lagos a Arguim para capturar escravos eram também os portugueses que raptavam as populações locais. Com o passar dos tempos criou-se de facto um enorme negócio de tráfico de escravos, que eram comercializados nas feitorias com a intervenção de nativos intermediários que vendiam os escravos aos portugueses.

      Mouros Negros e Mouros Pretos

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