20 comments on “A Muralha de Lagos

  1. Consulto frequentemente os seus trabalhos que considero muito.
    Em relação a Lagos intriga-me a questão do Forte do Pinhão que Paula Noé afirma estar submerso (presumo que como efeito do terramoto). Onde se situava, em que época foi construído? Desenhos, se calhar não há!
    O que me puder dizer sobre isto será muito apreciado.
    Obrigado

    • Boa tarde. O Forte do Pinhão foi construído no reinado de D. João III (1ª metade do século XVI), sendo constituído por dois corpos, um em terra e outro num ilhéu, comunicando entre si através de uma ponte. Arruinou-se no terramoto de 1755 e junto a ele foi construída a Bateria do Pinhão. Sobre as ruínas do Forte foi construída uma moradia nos anos 50 do século passado. Vou enviar-lhe imagens para o seu e-mail. Cumprimentos

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  4. Muito bom este artigo. Um trabalho de grande valor, o qual, deveria ser do conhecimento de todos os Lacobrigenses. Parabéns e obrigado pela partilha do mesmo.

  5. Artigo fantástico. O nível do detalhe e a utilização das fontes é exemplar.
    Saliento a ênfase dada à acção demolidora do espírito comemorativo veiculado pelo Estado Novo. Quiseram redefinir o espaço para facilitar muitas coisas – o sentimento histórico, ideológico, o pragamatismo urbano, etc. Ainda assim quer me parecer que grande parte das alterações se deram mais por moda do que por doutrina política, uma vez que outros países europeus passaram nestes tempos e em anteriores por processos semelhantes.
    Não era novidade, nem em Portugal nem na Europa essa vontade de demolir todas as camadas de barroco até só ficar o românico mais tosco e mais toscamente trabalhado.

    • A imagem que se pretendeu deixar foi a de uma Portugalidade uniforme de Norte a Sul, baseada em sinais muito básicos e facilmente apreensíveis pelo comum do cidadão, como as ameias, as guaritas, e, sobretudo, a pedra aparente, símbolo máximo da identidade portuguesa e do espírito guerreiro da Nação. O problema é que este tipo de intervenções doutrina mesmo a opinião pública e cria verdades onde elas não existem. Se hoje a muralha voltar a ser rebocada, como era dantes e como devia ser, haverá um movimento de condenação geral, como houve por exemplo na década de 80 quando a muralha foi intervencionada no Parque das Freiras. Até o Presidente da República da altura, na sua ignorância, manifestou a sua indignação. Infelizmente as pessoas confundem Património com mau estado de conservação, porque não estão habituadas a ver os imóveis recuperados

  6. Grande trabalho de pesquisa. Dei apenas uma olhadela. Será o meu mail de cabeceira e mais tarde lhe darei a minha opinião mais detalhada. Admiro muito quando alguém se interessa pelo nosso passado.
    Um grande Jurista, dizia; “O QUE SE FAZ É O QUE FICA E O QUE FICA É DE TODOS.”

    Bem-haja
    B.Nogueira

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